O pequeno João tem sete anos e como todos os miúdos da sua idade é bastante curioso.
Tendo ouvido falar sobre a arte de cortejar, ficou bastante intrigado sobre o que seria e como se faria; resolveu levar esta questão à mãe, que ficou muito atrapalhada e em vez de lhe explicar, disse para se esconder atrás da cortina e para ver a sua irmã e o namorado.
Assim fez, e na manhã seguinte contou tudo o que tinha visto:
- Mãe, a Susana e o namorado apagaram a maior parte das luzes e sentaram-se. Ele ficou perto dela e começou a abraçá-la. A Susana deve ter começado a ficar doente visto que a sua face começou a ficar vermelha.
O namorado deu por isso, e colocou-lhe a mão dentro da camisa para sentir o coração, demorando porém muito tempo a encontrá-lo. Penso que ele também começou a ficar doente, porque ambos começaram a arfar e a ficar sem respiração.
A outra mão dele devia estar fria, porque ele meteu-a por baixo da saia da Susana, que começou logo a escorregar para o fundo do sofá e a dizer-lhe que se sentia muito quente.
Por fim consegui ver o que estava realmente a provocar aquela doença. Uma enguia que tinha saltado das calças dele e deveria ter uns 17 cm de comprimento. Juro! De qualquer forma ela agarrou-a para impedir que fugisse.
Quando a Susie realmente viu o que tinha agarrado, começou a ficar muito assustada porque os olhos dela ficaram arregalados, abriu a boca e começou a chamar por Deus e outras coisas assim.
Disse-lhe também que era a maior que já tinha visto até então. Tenho um dia de lhe falar daquelas que já vi pescar no lago...
Nessa altura a Susana ficou brava e tentou matá-la comendo-lhe a cabeça. Subitamente ela fez um barulho e deixou-a fugir, pegou-lhe novamente com as duas mãos, enquanto ele foi ao bolso buscar um saco, para evitar que a enguia voltasse a escapar.
A Susie deitou-se então para trás e abriu as pernas de forma a formar uma prisão para a enguia, enquanto ele tentava ajudá-la deitando-se por cima dela. Mas a enguia dava uma luta dos diabos;
A Susie gemia, chorava e o namorado quase que virava o sofá. Eu penso que eles estavam a tentar esmagar a enguia entre eles.
Passado um bocado, ambos continuavam a gemer, a mexer e deixaram fugir um grande suspiro.
O namorado dela levantou-se e por certo tinham morto a enguia. Eu sei que estava morta, porque a vi dependurada.
A Susie e o namorado estavam cansados da batalha e sentaram-se a confortar-se um ao outro.
Para a animar ele começou a beijá-la, e diabos se a enguia, que estava morta, não voltou a saltar, e a luta recomeçou novamente. Eu penso que as enguias são como os gatos, têm sete vidas ou mais!
Desta vez a Susie saltou para cima dele e tentou matar a enguia sentando-se nela.
Depois de uma luta de 35 minutos acabaram finalmente por matá-la. Eu sei que ela desta vez morreu, porque vi o namorado a esfolá-la e a deitar-lhe a pele pela retrete a baixo.
Camões definiu-o como: ...”é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói, e não se sente; é um contentamento descontente,...”
Mas será que ele é assim?
Amar é realmente uma coisa fantástica... e é um sentimento transversal… democrático… não escolhe idades, raças ou religiões…
Existe alguma coisa melhor do que amar e ser amado…? Desejar… querer… sentir tesão. Prazer …?
Sempre defendi, que o sexo sem amor não faz muito sentido… ou que não é completo… mas será que isto é linear?
Sexo é um complemento do amor, mas também uma necessidade física. Não vou começar a enumerar as vantagens que o sexo trás para a saúde, alem de me tornar repetitiva, é de conhecimento geral… sexo é bom e ponto final paragrafo.
Mas também não é menos verdade, que quem nos completa sexualmente seja o parceiro ideal para se partilhar uma vida…
O Daniel e a Teresa conhecem-se há vários anos. Não se sabe dizer, o que os uniu … se foi a amizade, o amor ou simples desejo ou tesão…
São ambos jovens, a caminho dos 30 …
Independentes, mas, cada um a viver na sua própria casa.. Era o que se chamava o “roque e a amiga…” onde o Daniel estava, a Teresa estava por perto… sempre foi assim.
Fins de semana, noitadas (muitas) eram sempre em conjunto, e até os amigos eram em comum.
Namorados… ? Ninguém nunca soube responder… ele dizia que não, ela nunca sobe dizer…
Dormiam juntos “amavam-se” se ter sexo se pode chamar de fazer amor… na cama eram perfeitos… (feitos um para o outro..) na convivência nem tanto..
A amizade corria ás mil maravilha a até que o humor dela se tornava frágil… Uma cara feia aqui, uma reclamação, muitas exigências, e enumeras cobranças.. e, quando menos esperava, eram discussões de “criar bicho” salvo seja..
Ele… (e sem o isentar de culpa) talvez porque se sentia cobrado por uma “divida” que não tinha… dizia-lhe que eram incompatíveis, que se continuavam … nem a amizade restava..
A Teresa insistia…
O Daniel recusava-se a falar com ela, nem lhe atendia o telefone
Mas a Teresa não se dava por vencida com facilidade… de surpresa , aparecia na casa do Daniel.
Pressionado e na sua arrogância de macho… Daniel lançava-lhe duras criticas, espezinha, machuca… segurava-a pelo braço para a mandar embora… a agressão nem sempre é física… a psicológica pode ser tão ou mais violenta..
Mas a paixão ( se é que isto é paixão..) pode ter razões que a própria razão desconhece… e o sexo pode ser um vicio…
Dois dias aos berros com insultos… e acabavam a escaldar-se na cama… !
Seis meses de sexo e paixão intervalados com agressões verbais, ciúmes, e principalmente muita falta de respeito por parte dela e muito pouco amor próprio..
Porque não me lixem… qualquer mulher “normal” que é insultada, machucada com palavras (que não lembram ao diabo..) se rebaixa e aceita o homem de volta… qual amor qual que…
Ao fim de 8 anos, Daniel resolve por um ponto final na “relação” que tem tudo para ir para um beco sem saída… e sem pernas para andar..
Nem amigos vão conseguir ser…. A Teresa espera muito mais dele…
Daniel diz-lhe que não restou mais nada…acabou !!!
- Afasta-te de mim, não me procures mais, tu és um atraso na minha vida..
Há casos em que o “amor” se torna em obsessão, obsessão essa que faz a pessoa perder a sua auto-estima, a autoconfiança, o amor próprio.
Teresa grita… esperneia… insulta-o…
- Não me podes fazer isto… eu amo-te tu és tudo o que tenho… és a minha vida…
Obsessão.. A vida passa a depender da vida da outra pessoa; os seus gostos passam a ser os da outra pessoa; o amor próprio passa a ser o amor que essa pessoa sente por nós e se ela deixar de gostar de nós, nós também passamos a não gostar de nós próprios.
-Se me deixares eu mato-me…!!
Passamos a achar que essa pessoa é “nossa” como uma “coisa” que podemos
Utilizar a nosso belo prazer…
-Se me deixares parto-te o carro todo…
-Juro-te que vou fazer um escândalo á porta do teu trabalho…
É o amor…bonito não é.. e isto.. é amor??
Em nome do "amor", vamos destruindo-nos… dizendo, fazendo e aceitando absurdos... tudo porque "estamos apaixonados", ou acreditamos nisso, e fechamos os olhos para a realidade
Ninguém é dono de ninguém… e não se ama por obrigação ou por um bom sexo…
O amor é um todo que nos completa não faz bem e dá prazer.
Cuidado com os “amores” obsessivos…por vezes são engraçados no início, uma boa briga pode ser óptimo para manter acesa uma relação… mas, depois começam ficar doentios e fora de controle.. Quando não dão em tragédia…. Tudo em nome do "amor".
Sexo precisa de amor..? não sei..! mas amar é muito bom!!!
Amem e amem de todo coração, mas antes amem-se , coloquem-se em primeiro lugar, só assim se consegue amar de verdade..!!
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