Bom, eu estou como diz a minha amiga Saia Justa "Nem sei se me ria se me deite ao poço", por um triz não levei foi um valente par de estalos...,
É assim, eu até não sou impulsiva, muito menos tenho o hábito de me meter na vida seja de quem for. Sou observadora o que é diferente de ser curiosa ou cusca e uma pessoa calma por natureza e, demais a mais eu não falo mal de mim a ninguém como aliás todos nós e cada um.
Mas vamos lá e curiosamente, este post não é para rir ok, nem vai falar de culinária.
Já há uns tempos que os observava. Ele alto musculado, cabeça rapada, a inevitável tatuagem no antebraço e de peito sempre inchado. Ela, cabelo negro, ancas largas, cheia de carnes, morena mas com uns olhos sempre tristes, apagados. Tanto um como o outro com traços tipicamente portugueses mas curiosamente sem uma únia palavra de português. Aveques de terceira geração muito provavelmente, dois filhos pequenos e tirando ele nenhum sinal aparente de uma família em gozo de férias. Aqui, nesta espécie de condomínio fechado, dá para reparar nisto tudo acreditem, até porque o gajo fala alto que se farta.
Bom mas o que aconteceu é que estava eu muito sossegada na minha espreguiçadeira a ler "Sushi para principiantes", quando nas minhas costas estala uma monumental discussão. Encolhi-me um pouco mais e tentei abstrair-me daquilo, afinal não era nada comigo.
O tal fulano, berrava num francês a 100 à hora que a única coisa que eu percebia era a raiva e merde, merde, merde. Ela respondia baixinho, meio a medo mas não se calava.
Ai a minha vida pensei eu, mas onde é que nós estamos? Primeiro tossi..., depois acendi um cigarro..., depois voltei a tossir... e nada!
O gajo cada vez estava mais exaltado, era tanta a raiva naquela voz que até os pelos dos braços se me arrepiaram. Depois ouço o som de uma bofetada, e mais outra...ela a choramingar chama-lhe bruto, insensível, monstro e ele dá-lhe outra!
Bem, não estou com mais nada, levanto-me agarro na mangueira que está junto à piscina, abro a torneira no máximo e pronto, mandei umas boas mangueiradas nos dois.
A ele por ser menos que um animal e a ela por se sujeitar àquilo!
O resto dos pormenores não conto!
Se calhar devia ter chamado a polícia, o gerente, o apoio à vítima, sei lá, ou não ter feito nada, às tantas o mais certo é fazerem depois as pazes na cama.
Ai, que se lixe!
Bem, nem quero pensar se aquela mangueira se virasse contra mim..
Mas, o que é certo é que aquele ódio, aquela prepotência, aquela submissão toda me puseram fora de mim.
Este é um espaço vocacionado para o riso, onde nem nós próprias nos levamos muito a sério mas onde se abordam situações e factos infelizmente, por vezes bem reais.
Realmente eu não tinha nada que me meter mas porra, um banho de mangueira também nunca fez mal a ninguém e... aí nem sei se me ria se me deite ao poço...
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. E se alguém perguntar se ...