Há 40 ou 50 anos atrás, as mulheres submetiam-se a tudo por "amor", por dever, por medo.
Passavam por cima dos seus ideais e vontades para agradar a outros, viviam sob regras e normas de conduta para não serem apontadas, segregadas, rotuladas e no fundo excluídas.
Em tempos que já lá vão, a mulher não se sentia no direito de ter um orgasmo.
Hoje apenas um não basta ela quer múltiplos!.
Estamos mais liberais, temos menos medo de expôr desejos e romper com tabús associados ao sexo e à nossa condição de mulher. Conquistamos espaço na sociedade, no mercado de trabalho, e falamos de igual para igual com os homens em vários sectores.
As mulheres conquistaram o direito de explicitamente fazer parte do mundo em qualquer aspecto, mas atenção!! da mesma forma que conquistaram a responsabilidade de responder por isso.
Se nós mulheres mudamos, também eles os homens passam por um processo de transformação.
Estão assustados até porque são muito mais exigidos que há 50 anos atrás.
Sempre se poetizou muito o amor.
Sempre se desculparam ou justificaram muitas coisas por amor, mas em relação a nós mulheres, pouco se discutiu a sua relação directa com o sexo.
Sempre foi ponto assente que para os homens é mais fácil e mais legitímo, diferenciar entre sexo e afecto , não só porque eles têm 10 a 20 vezes mais tosterona do que nós mulheres, como estão mais preparados biologicamente, mas sobretudo por motivos culturais.
"Para fazer sexo uma mulher precisa de um motivo, um homem precisa de um lugar"
Hoje em dia isso já não é tanto assim.
A mulher aprendeu a fazer escolhas, mesmo que estas vão de encontro a alguns dos seus sonhos.
A mulher hoje em dia quer viver o que há para ser vivido sem conformismos.
É um facto que o resultado da fusão de sexo com amor é extraordinária e melhor que sómente por sexo.
Sexo por sexo, é como disfrutar do sabor de um bom vinho, dura o momento e nada mais!
Nós mulheres temos plena consciência disso, não negamos que as relacões sexuais com amor são muito mais prazeirosas, intensas, duradouras mas não são, mais ou menos lícitas, que outras.
A mulher de hoje sabe viver sem o tal do grande amor.
Consegue viver sem amarras emocionais e sem compromissos, tem esse direito, conquistou esse direito, pode e deve, disfrutar de um bom vinho, que isso não faz dela melhor ou pior, seja de quem for.
Hoje a mulher chega ao sexo, como consequência de um sentimento que produz uma relação humana, na qual ela se sente cômoda, aceita e importante.
O fisíco sequer é o que mais importa, importa mais a maneira como é tratada, como se sente, o que não implica um vìnculo para a vida toda.
As coisas mudaram sim.
Mas há merdas que continuam iguais!
Existem ainda mulheres e homens, que não colaboram consigo mesmos, e utilizam o jargão da diferença e do preconceito para justificar o que não conquistam ou perdem, sendo esse ainda, o discurso usado por muita gente, quando não sabe onde quer chegar, como se o próprio rumo não estivesse claro.
Há ainda quem não queira ver;
Que promessas, nem sempre são cumpridas...
Que regras sempre serão quebradas...
Que cenas de cinema, nem sempre são de romance...
Que quem está do teu lado, pode estar do lado errado...
Que quem não te dá opção, não merece a tua escolha
Que atitudes mudam tudo, do início ao fim...
Que o mundo dá voltas, e tudo se vai repetir..
...As coisas, as pessoas...São assim
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