Segunda-feira, 15 de Junho de 2009

Sexo ,actividade vulgar, banal, monótona, cansativa e frustrante

 

Hoje não vou falar de sexo , sei lá, porque não me apetece…  depois de um fim de semana prolongado (em parte dedicada à agricultura) venho mais saturada do que fui. Falar de sexo porque… ? já está tudo dito.
 O sexo, isto é, a prática de relações sexuais, não é nem mais nem menos do que uma actividade vulgar, banal, monótona, cansativa e frustrante. Claro que isto não é uma frase bombástica mas as vezes há que ter tomates para assumi-lo. Apesar de muita gente se gabar de o fazer diariamente, não é nesse sentido que apontam as estatísticas.
Segundo um estudo internacional sobre sexo promovido pela Durex, os portugueses confessam ter sexo uma média de 108 vezes por ano - o que dá cerca de duas vezes por semana. Ficamos a meio da tabela, liderada pelos garanhões gregos que afirmam ir aos treinos do amor 138 vezes por ano. Mas do mal o menos … já que os pobres dos japoneses,  ficam por umas desoladoras 45 fodas  por ano. Perante uma pergunta destas, alguém responde  correctamente? As pessoas costumam elaborar um registo de todas as vezes que fazem truca-truca?

 

O sexo é uma prática íntima, é ou não é? e quer se queira ou não, a maior parte das pessoas tem reservas de falar dele .  E bem vistas as coisas não há nada pior do que falar dos outros… e as nossas relações sexuais são também dos outros, são sempre precisos dois para dançar o tango. Então não temos o direito de falar dos ausentes.. muito menos da sua vida sexual. Sejamos francos: quem é que anda por aí a falar abertamente da sua vida sexual? Na chamada vida real ninguém, aqui, nos blogs todos pintam a manta à sua maneira ou metem tanta água que qualquer dia só podemos ler isto de barbatanas.

Temos a cultura sexual? Isto é, o conjunto de ideias que nos foram incutidos, crenças, normas e valores dominantes sobre a sexualidade. Agora imaginemos que é tudo mentira... as crenças não têm fundamento, os valores são errados, os factos são mitos e as ideias geralmente aceites variam entre a pura fantasia e o autêntico disparate. O sexo é natural, mas se não trocarmos ideias ocasiona informação a menos. Por outro lado, anda por aí muita informação deturpada, o que nos dá informação a mais.

O interesse desmesurado que existe pelo sexo resulta de um círculo vicioso: Parece que é   exigido para que sejamos iguais. Mas depois a bem da verdade,  a sociedade constrói cria nas pessoas uma ideia de que o sexo é uma coisa; na realidade, a sexualidade de cada um é muito diferente; as pessoas concluem então que existe um desfasamento entre a sua sexualidade real e a sexualidade “dos outros”; isso leva a que se procure mais “informação” sobre a suposta realidade sexual.

É como eu sempre digo e ainda que mal comparado… o sexo é como a culinária… se não vejamos. As mulheres  têm por habito  comprar regularmente revistas de culinária repletas de sofisticadas ementas gastronómicas, mas o seu dia-a-dia é preenchido com febras fritas e esparguete cozido. Já os homens, coleccionam revistas sobre automóveis, deleitam o olhar em fotografias de potentes bólides que custam milhões, têm ideias sonhadoras de um status económico distante, mas vêm-se obrigados a usar diariamente o ronceiro 1100 cc. já com 7 anos. Não será assim também no campo sexual? Não será ele também dominado por idêntico desfasamento entre a realidade sexual de cada um e a imagem que “os outros” transmitem?

E lá vamos nós de novo com a velhíssima frase: O sexo é uma coisa simples e natural. Quero dizer, é uma coisa da Natureza, porque é uma característica fundamental de todos os seres vivos. Assim como comer, dormir ou beber água. Infelizmente nós temos  a péssima ideia de complicar desnecessariamente a sua vida sexual, tornando-a uma coisa artificial e complicada.

Uma das teorias mais erradas mas de que mais se fala, é a dimensão do prazer que a actividade sexual acarreta ou pode dar.  Mas qual actividade correcta qual que..  A intensidade do prazer sexual é um verdadeiro mito, e o prazer ou se tem ou se não têm…  essa treta da arte do bem dar quecas  em nome do qual muita gente continua a fazer disparates .. As pessoas inexperientes nas práticas sexuais vivem na ilusão de que sexo é uma experiência avassaladora, transcendente, um assombro de deslumbramento e prodígio.
Depois, a primeira vez  costuma ser uma decepção. É de bom tom as pessoas admitirem que a primeira vez não foi nada de extraordinário, ou até que foi mau. Só torna mais misterioso o encanto das vezes seguintes. Mas, em muitos casos, a quadragésima quinta vez não correu melhor do que a primeira. Mas isso ninguém está muito interessado em revelar. Até porque ninguém se lembra da quadragésima quinta. Nem da centésima vigésima sexta. Na realidade, se for feita uma avaliação sincera das coisas que mais prazer dão ao ser humano, o sexo ocupará, na maior parte dos casos, uma posição bastante modesta na lista de preferências. Há pois é…

Outra coisa curiosa,  é imaginar-se ou até quando se afirma,  que o nível de prazer tem a ver com a intensidade de ruídos que alguns emitem quando têm sexo, e, pode ser ao  contrário … muito provavelmente, uma queca muito ruidosa  pode ser  precisamente pessoas que nunca tiveram grande prazer no acto sexual. Um elevado nível de ruído tem mais a ver com o esforço físico despendido do que com o prazer que se tem.
Fez-se luz no meu espírito uma tarde em que assistia a um jogo de futebol. Veio um jogador à linha lateral a arfar, cheio de sede, pedindo água. À medida que bebia sofregamente, continuava a resfolegar e a lançar urros próprios de um filme hardcore. Não podia ser contentamento pelo resultado, pois o homem perdia por dois a zero naquele momento. Aquilo era apenas resultado do esforço físico. A próxima vez que tiverem relações sexuais, reais ou simuladas, no cinema, lembre-se, os coelhos  têm muito mais performances, e todos eles fazem muito menos barulho.

Mas existem outros mitos ligados ao sexo… à intensidade do prazer há uma velha questão: o “tamanho” conta? Que acham? Têm opinião formada? Que informação concreta tm sobre o assunto? Pouca, não é verdade? Pouca mas, ainda por cima, preconceituosa. Querem ver? Em que é que pensaram quando eu falei no tamanho? No pénis?! Mas não, eu estava a referir-me ao tamanho dos órgãos sexuais em geral. Esquecem-se que a mulher também tem a sua parte? Então se há mamas do tamanho de marmelos, de abóboras e de peras, não acha natural que haja vaginas do tamanho de caixas de fósforos e do tamanho de comboios? Por que motivo quando se fala na influência do “tamanho”, ninguém se lembra do tamanho da coisa feminina? Eis o facto preconcebido, a ideia estereotipada.

O tamanho conta? Mas conta para quê? Para a satisfação sexual do respectivo parceiro, não foi isso que pensaram..? Pois é. .. Por que é que quando se fala em sexo  e o tamanho do órgão e  satisfação, nunca ninguém pensa na satisfação sexual do seu proprietário mas sim na do parceiro? Que disparate!

Mas o tamanho do pénis e a satisfação sexual da mulher. Tem ou não influência? Esta é uma dúvida eterna que atormenta o mundo masculino, pois é muito difícil chegar-se a uma conclusão. Porquê? Porque é quase impossível alguém obter informação fidedigna sobre o assunto. Vou-vos contar o drama do senhor X. Enquanto jovem adolescente, nem ele nem nenhum dos seus amigos sabia dar resposta a essa questão obsessiva. Um dia resolveu perguntar ao pai. O pai respondeu-lhe que essa era uma dúvida para a qual, também ele, nunca tinha achado resposta.

Passou-se algum tempo e o senhor X casou-se. Um dia, já ao fim de vinte anos de casamento e trinta de persistentes incertezas, encheu-se de coragem e colocou a questão à mulher. Esta respondeu-lhe, olha lá, então tu quiseste que eu fosse virgem até ao casamento, esperas que eu te tenha sido fiel estes anos todos e agora queres que eu seja uma especialista em pilas? O senhor X acabou por morrer levando a sua dúvida para o outro mundo.
Pilas, pirocas, pirilaus, pissas, mangalhos, marzápios, mocas, martelos, só para nos ficarmos por duas letras iniciais, a prova provada que, em matéria de sexo, anda toda a gente a evitar chamar as coisas pelo nome concreto e correcto? Há disparates monumentais, como não ser capaz de dizer “mamas”, nós que somos mamíferos e que nos fartámos de mamar nas ditas cujas!! Então, se todos temos este pudor em apenas nomear o nome da “coisa”, como é que conseguimos falar abertamente daquilo que se faz a “coisar”? Na realidade, em matéria de sexo, todos nós somos uns grandes fingidores.

O sexo pode ser muito bom mas também pode ser uma actividade vulgar, banal, monótona, cansativa e frustrante
Porque mentir… a mulher nem sempre lhe apetece e convive bem com isso e o homem idem mas dificilmente o admite.

Ê, as estatísticas....são o que são!!

 

Baseado num estudo de um professor :)

publicado por Saia-Justa às 10:45
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16 comentários:
De sempreàbolina a 16 de Junho de 2009
Há sempre um pré nem que seja também para a disposição, o importante é que não haja pré para a indisposição, indisponibilidade , indigestão , eu sei lá, um cem número de "prés".
Embora a sombra não faça "dilatar" os corpos, faz sempre bem ter uma por perto quando a coisa aquece em demasiado, por isso uma boa "latada"à mão faz sempre jeito:
De Saia-Justa a 16 de Junho de 2009
Ora ora gostei da expressão "latada" e se for da uva morangueira alem da sombra o aroma que paira no ar é muito muito agradável...
Talvez até leve a tal pre... disposição ou outra pre qualquer

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